domingo, 9 de março de 2014

Quem quer ser um milionário?

Nada a ver com o filme...


Quem nunca sonhou com a fama? Hoje, com  tantos "reality shows", parece ser mais fácil alcançar os tais "quinze minutos"...

Um dos caminhos para a notoriedade é a arte. Em nosso caso, a música.

São inúmeras as histórias de pessoas comuns que se tornaram artistas famosos. Entendo que o talento é indispensável, mas existem muitas pessoas talentosas que nunca se tornaram famosas. Vemos músicos se apresentando na noite sem qualquer destaque na mídia, mesmo nos grandes centros, antes considerados requisitos para o estrelato.

Ocorre que, hoje, existe a tal internet. As pessoas podem gravar seus vídeos, postá-los no YouTube e, em pouco tempo, tornarem-se celebridades. É a democratização da notoriedade (e de outras coisas também).

Você precisa de muito talento musical para gravar um sucesso? Há controvérsias. Creio que, em nosso país, todos conheçam o Deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como Tiririca, que gravou canções de sucesso sem um "grande talento" musical, uma vez que o destaque da obra foi o humor.
Deputado Federal Tiririca

O sucesso depende pouco da arte e muito do mercado.

Uma vez ouvi um maestro em Araraquara, que abordou uma gravadora pelo enfoque do negócio. O importante, do ponto de vista do empresário, seria "fabricar discos" que fossem vendáveis. Por esta ótica, não adianta gravar um artista com um talento incrível, se este não vender. Por outro lado, gravar um outro sofrível que venda milhões é ouro sobre azul.

Aqui se corre o risco do "sucesso a qualquer preço", ou seja, descaracterizando a arte para "caber" no negócio. Deixar de cantar bossa nova e passar ao Forró, porque está "vendendo" (apenas um exemplo). O resultado pode desagradar a todos, inclusive ao empreiteiro. Aliás, se ninguém gostou, já é alguma coisa, porque alguém ficou sabendo!

O que parece ser consenso é a ideia de identidade. Não adianta imitar alguém de sucesso (ainda que exceções não sejam impossíveis), o artista precisa ser "ele mesmo", como dizem. Se o público gostar, ótimo. Se não, existem outras ocupações, não é mesmo?

Interessante é a figura do produtor. Como ninguém nasceu sabendo, o artista precisa ser "conduzido" ao Mainstream (termo que significa a tendência que o mercado artístico deve seguir), que muitas vezes é tomado mais como etiqueta e menos como receita. O produtor pode fazer coisas como ensinar o artista a cantar no microfone. Pode rir à vontade, mas muitos bons cantores não sabem fazê-lo. Cantam próximos demais, ou longe demais, ou não variam a distância quando é preciso, ou pronunciam demais letras "explosivas" (o jargão de mixagem as chama "plosive", em inglês) como "P" e "B", que ficam muito feias quando não cuidadas etc. Há muita coisa a gerenciar. O produtor pode ajudar.
Freddie Mercury cantando

Mas isto é só o começo...

Portanto, talentosos de plantão, preparem-se! A fama os espera!

Abraço do Rato.